O Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (DECON), do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), motivado por denúncias formalizadas no órgão, realizou no mês de janeiro fiscalização nas escolas de Fortaleza. A grande maioria das denúncias estão relacionadas com a exigência da compra de livros na própria escola, a exigência de declaração de quitação de débito com a escola anterior, a cobrança de material de uso coletivo, e a retenção do histórico escolar do aluno. Durante a fiscalização, diversas outras irregularidades foram encontradas e onze escolas foram autuadas (consulte aqui relação).
Além dos itens denunciados pelos consumidores os fiscais do DECON exigiram durante a fiscalização a exibição de exemplar do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que deve estar em local visível e de fácil acesso, a apresentação do Contrato de Prestação de Serviços Educacionais, a planilha de custos, e a tabela com os valores que são cobrados nas mensalidades.
A secretária-executiva do DECON, promotora de Justiça Ann Celly Sampaio, acrescenta que quando é formalizada uma denúncia no órgão é elaborado um check list em que o fiscal verifica, no local denunciado, toda a legislação pertinente à atividade comercial. “O fiscal verifica, inclusive, os documentos essenciais para o execício da atividade comercial como o Certificado de Conformidade do Corpo de Bombeiros, o Registro Sanitário e o Alvará de Funcionamento”.
Ela alerta que, que os consumidores devem ficar atentos para a cobrança abusiva na lista do material escolar, a não apresentação do projeto pedagógico e do plano de utilização do material escolar, a exigência de marca do material a ser comprado e para a cobrança de taxa nos eventos escolares. “Caso existam mais denúncias, a fiscalização continuará”.
Os consumidores podem formalizar denúncias através do site www.decon.ce.gov.br, no link “fale com oDECON”, por telefone (3452-4505), e pessoalmente (Rua Barão de Aratanha, 100, bairro Centro).
As instituições de ensino têm o prazo de dez dias, contados a partir da autuação, para se manifestarem junto ao Órgão e estão sujeitas a penalidades de multa que varia de 200 a 3.000.000,000 de UFIRCE e até mesmo interdição.
(Informações da Assessoria de Comunicação do MPCE)